RENATO RIELLA
Passei sete dias em Salvador. Fiquei impressionado de ver como é ruim a imagem das duas superempresas, OAS e Odebrecht, junto a diversos níveis da sociedade baiana.
Os tambores tocam na Bahia pelo fracasso da OAS e da Odebrecht, dois monstruosos grupos que na prática não fizeram nada pelo estado.
Enquanto isso, ACM Neto, o prefeito neto do legendário Antônio Carlos Magalhães, vai crescendo junto à população soteropolitana (nascida em Salvador).
Dizem que ele tem um slogan: “Sou pequeno, mas não sou metade”. Assim, tendo pegado uma cidade detonada, vai aos poucos apresentando resultados.
Fiquei impressionado de ver o que Netinho (chamam ele assim) tem feito na orla de Salvador. Por exemplo, desapropriou a muito antiga sede do Bahia e fez um parque, com pistas de caminhada e ciclismo.
Onde havia o shopping Aeroclube, que virou ruína, a Prefeitura está implantando o Parque dos Ventos. Uma proposta interessante (vi a planta), de participação popular em diversos núcleos a serem construídos, levando arte à orla.
Na Boca do Rio, em Piatã e em outras praias, a Prefeitura tem autorizado a construção de prédios de 20 andares, impactantes, quebrando a feiúra da orla de Salvador. Resta saber se esses prédios não vão despejar esgoto nas praias…
A obra feita por Netinho na Barra tem críticas. Ele tirou a circulação de carros, tentando fazer uma avenida de convivência, mas parece que errou na mão. Pode ser que tenha de rediscutir essa proposta.
O certo é que, nesses pontos, a Bahia vem melhorando. Mas ainda é um pólo turístico mal aproveitado, quase jogado no lixo por sucessivos governos.