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set 09 2020

Operação E$quema S cumpre 50 mandados de busca e apreensão por fraude

Agentes da Polícia Federal cumprem mandado na Rua Urbano Santos, na Urca — Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) cumpre hoje (9) 50 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas, escritórios de advocacia e empresas investigadas por desvio de R$ 355 milhões, entre 2012 e 2018, do Sesc-RJ (Serviço Social do Comércio), do Senac-RJ (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e da Fecomércio-RJ (Federação do Comércio).

O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin, é um dos alvos da operação. Outro advogado na investigação é Frederick Wassef, que já representou o presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), a Operação E$quema S foi deflagrada em paralelo ao início do trâmite de uma ação penal contra 26 pessoas.

A denúncia diz que dos R$ 355 milhões gastos a pretexto de advocacia, por serviços supostamente prestados à Fecomércio-RJ, ao menos R$ 151 milhões foram desviados em esquema liderado por Orlando Diniz, Marcelo Almeida, Roberto Teixeira, Frederick Wassef, Cristiano Zanin, Fernando Hargreaves, Vladimir Spíndola, Ana Tereza Basílio, José Roberto Sampaio, Eduardo Martins, Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo – os 11 foram denunciados por organização criminosa.

Segundo o MPF, as novas buscas e apreensões foram autorizadas devido a contratos advocatícios da Fecomércio-RJ, agora com denunciados ora com outros escritórios, pagos com verbas públicas do Sesc RJ e Senac RJ.

As autoridades também investigam a devolução em espécie para Orlando Diniz, por alguns denunciados e outros alvos da Operação E$quema S, de parte dos valores desviados daquelas entidades no Rio de Janeiro.

“Aportes em favor dos escritórios vinculados aos denunciados foram contemporâneos às aquisições de carros e imóveis de luxo no país e no exterior, em franco prejuízo ao investimento na qualidade de vida e no aprendizado e aperfeiçoamento profissional dos trabalhadores do comércio no Estado do Rio de Janeiro, atividade finalística de relevantíssimo valor social das paraestatais”, afirmam os procuradores da Força-tarefa Lava Jato do Rio de Janeiro.

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