CARLOS MARCHI
A delação premiada de Sérgio Machado é uma das grandes (e perversas) obras estratégicas da política brasileira.
É uma sacada de gênio de monsieur Lulla da Silva (Machado ajuda ao aceitar o desprezível papel de verme).
Emerdalha a política, enfatizando o princípio lulesco do “todo mundo faz”.
As maldades de Dilma e os crimes de Lulla quedam esquecidos.
Entre algumas delações verdadeiras, ele enfia outras mentirosas. E as verdadeiras credenciam as mentirosas.
Tem um mês que a imprensa não fala mais nos criminosos do PT. A cada dia é um personagem novo – nenhum do PT.
A política brasileira vai sendo zerada: todos são iguais, ninguém escapa, parece dizer Sérgio Machado, a cada delação.
Do ponto de vista do crime, é genial.