RENATO RIELLA
O programa Mais Médicos seria um dos grandes trunfos políticos da presidente Dilma Rousseff e vinha tendo boa aceitação nas pesquisas.
No entanto, o Brasil é um país onde a liberdade é o bem maior. Assim, a deserção da médica cubana Ramona Matos Rodrigues vai gerar grave desgaste na avaliação do projeto social.
A TV Globo forma opinião no Brasil e destacou que o Brasil paga R$ 10 mil por mês a cada contratado do programa Mais Médicos, mas quase todo o dinheiro vai para Cuba. Ramona recebia apenas 400 dólares para manutenção, situação inaceitável pelas leis trabalhistas brasileiras.
Nesse momento, jornalistas de diversos veículos estão percorrendo o Brasil em busca de depoimentos abertos ou sigilosos de cubanos em situação semelhante.
Programa como o Mais Médicos pode vigorar impunemente na Venezuela, onde o famigerado presidente Chavez esmagou a democracia. No Brasil, a presidente Dilma devia ter dado uma roupagem diferente, pois seria fácil prever que haveria deserção.
Só para registrar, o jornal El Pais da Espanha noticiou que existem cinco mil médicos cubanos asilados nos Estados Unidos, depois de participarem de projetos semelhantes em outras nações.
Portanto, podemos prever que no Brasil haverá muitas outras deserções. É a regra do jogo.
Em termos eleitorais, isso será péssimo para a presidente Dilma.
