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abr 18 2016

PARA ADIAR O ENCONTRO COM SÉRGIO MORO, DILMA NÃO RENUNCIA

Tudo poderia ser simplificado hoje no Brasil se a presidente Dilma Rousseff renunciasse ao mandato e fosse para casa, no Rio Grande do Sul.

Seria decente e entraria na história como uma pessoa que teve farplay e responsabilidade num momento dificílimo.

Afinal, ela sabe que dentro de algumas semanas perderá a luta também no Senado e estará fora do Palácio do Planalto para sempre.

Acontece que a Constituição admite o afastamento de Dilma por seis meses. Só no final do ano, depois da eleição municipal de outubro, ela estará definitivamente destituída do cargo de presidente da República.

Dilma permanecerá durante este tempo no Palácio da Alvorada ou na Granja do Torto, recebendo metade do salário, sem trabalhar, operando a própria defesa, na esperança vã de reverter o impeachment aprovado no Congresso Nacional.

Agora, a grande revelação: a presidente não vai renunciar porque, nesse caso, perde o foro privilegiado e pode ser presa pelo juiz federal Sérgio Moro.

Embora defendida por diversos parlamentares na sessão de ontem, sendo classificada como “honesta”, há situações gravíssimas contra Dilma na Operação Lava-Jato.

A usina de Pasadena em algum momento vai complicar Dilma, assim como as delações premiadas diversas, incluindo Andrade Gutierrez, Serderó, João Santana e mulher, Odebrecht, OAS, etc.

Na verdade, não temos experiência anterior de presidente cassado e licenciado por seis meses. Não sabemos como isso funciona na prática. Mas será péssimo.

É tão dramático quanto determinadas mulheres que se separam de um marido complicado e ele permanece algum tempo morando na mesma casa. Nunca dá certo.

É da lei. Sérgio Moro só poderá tratar do caso Dilma depois desse período de mais de seis meses. (RENATO RIELLA)

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