RENATO RIELLA
Mesmo quem acompanha eleição e política constantemente não consegue prever o que acontecerá com o deputado federal Pitiman, eleito em 2010 pelo PMDB de Brasília.
Ele entrou nos últimos meses em linha de choque com o presidente do PMDB local, o vice-governador Tadeu Filippelli, e transformou-se no principal nome da oposição no DF, com discursos e entrevistas duros sobre saúde, obras do estádio e outros pontos discutíveis do governo Agnelo.
Em algum momento, o partido poderá pedir na Justiça Eleitoral a sua expulsão, com possível perda de mandato. Mas ele se antecipa, dizendo-se censurado, pois gravou programetes partidários do PMDB-DF que não foram levados ao ar por conterem críticas ao GDF.
É assunto complicado, que tende a se arrastar por tempo imprevisível. Essas questões de Justiça nunca são rápidas e oferecem recursos a instâncias superiores.
E assim, Pitiman é uma metralhadora giratória solta na praça.
Enquanto isso, o governador Agnelo (PT) e seu vice Filippelli (PMDB) demoram em assumir publicamente que vão manter a chapa na reeleição do próximo ano, dando espaço para nomes como Pitiman, Rollemberg e Reguffe crescerem como possíveis candidatos a governador.
Maio tende a ser o mês das grandes decisões, embora não conte prazo legal nenhum no calendário eleitoral. E em junho e julho o futebol e o estádio vão ocupar espaço na cabeça das pessoas – inclusive dos políticos.