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dez 22 2012

PARQUE CAPITAL DIGITAL ESTÁ SAINDO

RENATO RIELLA

 

O sonhado Parque Tecnológico Capital Digital (PTCD) de Brasília deve começar a se tornar realidade até março do próximo ano, quando a Terracap espera lançar edital para escolher o grupo de empresas que estará à frente do empreendimento.

Desde a década de 90 luto por isso, sabendo que representa talvez a principal vocação privada de Brasília – mas até hoje quase nada de concreto apareceu.

Existe área enorme (120 hectares) destinada a esse projeto, já com licenciamento  ambiental assegurado. Fica perto da Granja do Torto, defronte ao Lago Norte. Lá poderão se instalar cerca de 700 empresas de portes diferenciados – locais, nacionais e internacionais.

O projeto do PTCD representará investimento de R$ 6 bilhões em dez anos. O edital a ser lançado busca encontrar consórcio de empresas de grande porte que esteja disposto a investir, com recursos próprios, a quantia de R$ 1,3 bilhão na instalação do Parque.

A Terracap constituirá, junto com esse consórcio, uma Empresa de Propósito Específico (EPE), destinada a instalar e explorar o Parque nas próximas décadas.

No local, já existe imensa estrutura destinada a abrigar o datacenter nacional integrado do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, com previsão de inauguração para fevereiro próximo. Quando isso acontecer, o Parque Capital Digital começará a ter movimento real, saindo do papel.

 

 GRANDES GRUPOS

INTERESSADOS

 

José Humberto Matias, diretor de Novos Empreendimentos da Terracap, explica que neste segundo semestre foram feitos contatos com grandes grupos. Ele prevê que entrem na disputa, no edital do PTCD, três consórcios de grande porte: um local, um nacional e outro com capital internacional. A composição dos consórcios tem abrangido empresas de construção e grupos financeiros com capital elevado.

Ele acha que o contrato pode ser assinado até julho do próximo ano (o que é uma visão otimista). No segundo semestre, José Humberto já quer começar a discutir o Masterplan do Parque, num debate que envolverá áreas diferentes da sociedade de Brasília.

O GDF está estudando subsídios às empresas locais que aceitarem instalar suas estruturas de tecnologia no PTCD, com isenções relativas a impostos como IPTU, IPVA e até ISS. Haverá também a participação do Banco de Brasília (BRB), com linha de crédito a princípio calculada em R$ 250 milhões. O BNDES também participará desse mutirão para incentivar os grupos locais e nacionais na chegada ao Parque Tecnológico.

Segundo José Humberto, a Secretaria de Ciência e Tecnologia do DF e o Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP) estão com projetos prontos, esperando a hora para se instalar no novo Parque. Da mesma forma, está sendo discutida com a Universidade de Brasília (UnB) a criação da Escola Superior de Tecnologia da Informação, que poderá funcionar já em 2014 na nova área.

Agora vai! Esta deve ser a nossa expectativa. Não dá mais para esperar a ocupação da imensa área física, antes que esta comece a ser invadida por quem quer que seja.

 

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