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abr 14 2013

PARQUE DA CIDADE DE BRASÍLIA ESTÁ PIORANDO

 RENATO RIELLA 

Fiz 10km no Parque da Cidade de Brasília hoje cedo, andando e correndo no sentido horário (do relógio, é claro). Em mais de cinco quilômetros, desde a partida, os sanitários estavam interditados com cadeado. Pela primeira vez vi um cara fazendo xixi ao ar livre, escondido atrás de uma árvore mais recuada. Decadência!

Há mais de dez anos protesto contra a falta de projeto do maravilhoso Parque da Cidade implantado na década de 70 pelo governador Elmo Farias. Mas tem piorado. Houve a instalação de equipamentos de ginástica de boa qualidade, mas sabemos que alguém deve estar ganhando com esse paralelo, quando a razão de ser do Parque vive a cada momento mais abandonada.

Já mostrei aqui a todos os governadores que se sucederam em Brasília, nos últimos anos, que o Parque da Cidade é o ambiente brasiliense que mais recebe eleitores (perde só para a Rodoviária, que é espaço de passagem). E a sua razão de existência é a pista asfaltada para caminhadas, patins, bicicletas e até velocípedes, que vive rachada, sem mínimos serviços à sua margem e com segurança tragicamente inexistente.

Quando alguém se machuca, os demais sofredores do Parque se unem para prestar socorro, pois não há nada melhor para se fazer. O chamado Estado vive ausente.

O nosso Parque recebe 500 mil pessoas por mês. Num fim de semana são mais de cem mil. São seres humanos de todas as idades sem ter onde fazer xixi, sem ter onde comprar papel higiênico, protetor solar, boné, meia, bandaid, remédio para dor de cabeça – nada.

Se algum dia assumir em Brasília um governo com mentalidade empreendedora, este Parque da Cidade genial vai dar lucro para o DF. Hoje, por enquanto, devemos aprender a fazer xixi escondidos atrás das árvores. Não há opção mais decente.

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