RENATO RIELLA
Ao lado do novo coordenador técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira, Felipão talvez deva atribuir a este último o papel de falar à imprensa. Parreira é preparado e diplomático. Chega de fanfarrão-ão-ão.
Felipão-ão-ão falou como deverá ser o o trabalho ao lado de Parreira, responsável pelo tetracampeonato, em 1994. “Nós temos algumas diferenças de colocação em campo, de posicionamento, formas de treinamento. Nós vamos discutir e adaptar ao grupo que será convocado. Acho que os dois estilos vão se fundir”, disse.
Parreira, mais esperto, fez apelo ao envolvimento do torcedor pela Seleção e reconheceu a importância de retornar à equipe. “Cabe a nós – da comissão técnica, aos jogadores – fazer com que o torcedor se envolva. A Seleção Brasileira faz isso bem. É aquela chama, aquela adrenalina, é muito boa nisso. Este desafio é maravilhoso. Voltar à Seleção aqui no Brasil, disputando uma Copa do Mundo, é uma coisa que ninguém tem noção até que participe”.
O presidente da CBF, José Maria Marin, explicou porque escolheu Felipão e Parreira e descartou chamar um técnico estrangeiro, como chegou a ser cogitado. “Os cinco títulos foram obtidos graças aos técnicos brasileiros, que levaram os seus conhecimentos além das nossas fronteiras. Temos técnicos muito dedicados e merecedores de ocupar este cargo”.
E que comecem a trabalhar, se possível gerando alguns fatos positivos. Nunca se viu uma Copa do Mundo com tanta crise!