A Polícia Civil deflagrou, hoje (26), operação que investiga uma contratação – supostamente superfaturada – de empresas de radiologia e imagem pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Os agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão em Brasília e Goiânia (GO).
A suspeita é de que as contratações irregulares tenham ocorrido em 2018. À época, o Iges-DF se chamava Instituto Hospital de Base (IHBDF) e estava à frente apenas desta unidade de saúde.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações demonstram que “diversos contratos” apresentaram problemas nos “elementos técnicos dos atos convocatórios”. Ainda segundo a apuração, o contrato não especificava o que seria fornecido ao instituto.
Além disso, a apuração também identificou que as contratações ignoravam “por completo o princípio da economicidade”. Os policiais analisaram que houve gastos superiores aos que poderiam ter sido feitos, além de haver suspeita de direcionamento do processo seletivo à empresa que foi contratada e “conluio entre empresas para se revezarem nas contratações”.
A Polícia Civil informou ainda que os mandados são cumpridos na casa de servidores do Iges-DF que atuaram na contratação e em endereços vinculados a empresas envolvidas no suposto esquema.
Segundo a investigação, apesar do Iges-DF não estar sujeito à “estrita observância da Lei Geral de Licitações e Contratos”, ele recebe recursos públicos. Por isso, a entidade deve cumprir “princípios gerais que norteiam a execução da despesa pública”.
Os policiais disseram ainda que a investigação teve início após informações colhidas pela Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Prosus/MPDFT). A operação, batizada de Medusa, é coordenada pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado e contou com apoio da Polícia Civil de Goiás.
Essa é a segunda operação contra o Iges-DF desde a semana passada. Em 18 de agosto, o MPDFT deflagrou operação que investiga suposto superfaturamento na contratação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) pela entidade.
Com informações de G1
Foto: PCDF/Divugação