O engenheiro e ex-ministro Pedro Parente assumiu ontem a presidência da Petrobras, afirmando que a exploração do pré-sal deve ser uma das prioridades.
Outra prioridade é a recuperação econômica e financeira da empresa.
Durante seu discurso, o presidente anunciou que a companhia atingiu, no dia 8 de maio, o pico diário de 1 milhão de barris de petróleo produzidos no pré-sal, menos de dez anos após a primeira descoberta nessa região. Para atingir a produção total de 1 milhão de barris de petróleo produzidos por dia, o país levou 45 anos, lembrou o executivo. Para permitir o avanço mais rápido da exploração no pré-sal, o presidente informou que apoia o fim da obrigatoriedade de investimento mínimo de 30% nos campos do pré-sal, nos moldes do projeto que já está sendo discutido no Congresso Nacional . “Se essa exigência não for revista, a consequência será retardar, sem previsão, a exploração plena do potencial do pré-sal. E essa obrigação retira a liberdade de escolha da empresa, de somente participar na exploração e produção dos campos que atendam o seu melhor interesse”, disse. Parente falou também do compromisso da companhia em continuar colaborando com as investigações em curso. “Continuaremos a contribuir de maneira irrestrita e incansável com a Operação Lava-Jato, pois, como vítimas, somos os maiores interessados na total elucidação de todos os crimes e na sua reparação. A Petrobras é hoje, sem sombra de dúvidas, um dos principais protagonistas na busca pela verdade. Mecanismos como o comitê especial autônomo, comandado com grande competência pela ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, as auditorias internas e os canais para recepção de denúncias contarão com meu total apoio”, garantiu. O novo presidente destacou a importância do plano de desinvestimentos e reforçou que buscará uma relação adequada entre a dívida e o capital da companhia.
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