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jan 27 2016

PERDENDO A GUERRA CONTRA O MOSQUITO AEDES

BARTOLOMEU RODRIGUES

Nada tenho a dizer, contra ou a favor, do ministro da Saúde, Marcelo Castro.

Sei apenas que é médico e doutor em Psiquiatria. Mas acertou quando disse (e reconheceu) que o Brasil vem perdendo, feio, a guerra contra o mosquito Aedes Aegypti.

Estive em três cidades do Nordeste recentemente (Campina Grande, João Pessoa e Recife), e vi o tamanho da tragédia, que não se resolve tão cedo. A não ser, claro, que surja uma vacina mágica de uma hora para outra – é até possível, quem sabe?

De resto, o país viverá e agonizará com esse drama, indefinidamente, pois ele está associado não só à miséria, como também à educação (ou falta dela).

Caminhando pelas ruas do Recife velho, precisamente sobre a histórica ponte Duarte Coelho, ouvi a voz mais sensata, nesses tempos de crise, de uma senhora que segurava a Bíblia debaixo dos braços. Ela gritava: “O fim está próximo!”. Errou por pouco. Tenho a impressão de que o fim já chegou.

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