A semana não começa bem para a presidente Dilma Rousseff. Tudo o que ela não quer pensar é em aumento da inflação, fato previsto nas duas últimas semanas pelos analistas econômicos entrevistados de sete em sete dias pelo Banco Central.
Na semana passada, eles previam que a inflação de 2014 chegaria a 6,01% – o que já é um percentual preocupante. Eles começam esta semana afirmando que pode ser maior, 6,11%, o que sinaliza que o Banco Central pode voltar a aumentar a taxa de juros, que já é a maior do mundo.
A inflação é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As estimativas feitas estão acima do centro da meta (4,5%) e abaixo do limite superior (6,5%). É função do BC fazer com que a inflação fique dentro da meta.
Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic. Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.
A projeção das instituições financeiras para a Selic, ao final deste ano, foi mantida em 11% ao ano. Para o final de 2015, a projeção segue em 12% ao ano. Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano, após passar por oito altas seguidas.
A estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 5,78% para 5,96%, este ano, e permanece em 5%, em 2015.
A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi ajustada de 1,68% para 1,7%, este ano, e segue em 2%, em 2015.