Pela primeira vez desde outubro de 2022, o percentual geral de famílias endividadas chega a 79,2%. O cenário é complementado por um elevado comprometimento da renda: 18,8% dos consumidores têm mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas. Quando observado o tempo de inadimplência, 48,7% das famílias que não pagam suas dívidas já estão nesta situação há mais de 90 dias, destacando o agravamento dos prazos de inadimplência e o efeito dos juros sobre o montante a ser pago.
“Esses fatores corroboram que, mesmo com o lado positivo do endividamento considerado um aquecedor das vendas no comércio, a crescente inadimplência evidencia que o movimento é de frenagem desta dinâmica”, analisa Fabio Bentes, economista-chefe da CNC.
A análise por faixas de renda revela uma expansão do endividamento principalmente entre famílias com até três saláriosmínimos (eram 81,1% em agosto, com aumento para 82% em setembro). Do outro lado, mesmo com crescimento da inadimplência entre as que somam mais do que dez salários de renda mensal (de 68,7% em agosto para 69,5% em setembro), as famílias com mais recursos financeiros seguem sendo as menos endividadas.
Fonte:CNC
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