O petróleo foi o principal fator de impacto sobre a balança comercial em 2013, mas espera-se resultado bem mais favorável em 2014. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, de janeiro a novembro as vendas de petróleo bruto para o exterior caíram 38,1%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
O combustível também foi um dos produtos que puxaram a queda das exportações brasileiras para alguns parceiros tradicionais, como Estados Unidos (recuo de 9,4%) e União Europeia (3,4%). Além disso, a manutenção programada de plataformas da Petrobras ocasionou queda na produção.
A queda nas exportações de petróleo puxou saldos deficitários para a balança comercial ao longo do ano. Por esse motivo, o governo divulga expectativa de superávit pequeno para o fechamento de 2013, sem cravar números.
O setor privado, representado pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), estima saldo positivo em US$ 500 milhões para a balança comercial em 2013. Caso aconteça, o superávit será ajudado pelas chamadas exportações fictícias de plataformas de extração de petróleo e gás, que somaram US$ 6,58 bilhões este ano.
As exportações fictícias são transações para o exterior envolvendo produtos nacionais, sem que eles deixem o território brasileiro. Em 2013, a Petrobras vendeu plataformas a subsidiárias no exterior, para posteriormente serem utilizadas no próprio país.
Para o ano que vem, as projeções são de recuperação da balança, com o petróleo como protagonista. Em novembro, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Daniel Godinho, declarou que esperava “melhora substancial” na conta-petróleo para 2014. Prevê-se incremento de 49,6% nas vendas externas do produto na comparação com o registrado em 2013.