RENATO RIELLA
A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano recuou de 1,54% para 1,52%. Para 2013, a projeção também indica queda de 4% para 3,96%, segundo dados divulgados pelo Boletim Focus do Banco Central.
Enquanto houver pessimismo em relação ao crescimento industrial não podemos sonhar com crescimento do PIB e esta previsão de 3,96% para 2013 dificilmente irá se concretizar. Ontem, a presidente Dilma Rousseff deu entrevista destacando o compromisso do governo para apoiar a indústria, mas este é um apoio sem projeto definido.
O Boletim Focus revelou ontem, também, que a expectativa do mercado para o investimento estrangeiro direto foi mantida em US$ 60 bilhões, tanto para este ano quanto para 2013. De certa forma, este é um fator que ajuda a livrar o Brasil da crise.
Para a produção industrial, a projeção de queda passou de 2,32% para 2,39%. Já para 2013, a expectativa é que haverá recuperação, com retorno ao crescimento. A estimativa de expansão passou de 4,1% para 4,15%, segundo as previsões do Boletim Focus, mas há muitos fatores que precisam ser atacados para se chegar a um resultado tão bom.
A projeção para a cotação do dólar foi ajustada de R$ 2,02 para R$ 2,03, este ano, e de R$ 2,01 para R$ 2,02, em 2013. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi alterada de US$ 18,9 bilhões para US$ 19,2 bilhões, este ano, e de US$ 15,43 bilhões para US$ 15,52 bilhões em 2013.
A estimativa para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi mantida em 35,2%, este ano, e em 34%, em 2013.
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), houve ajuste na projeção de US$ 55 bilhões para US$ 54,6 bilhões, este ano, e de US$ 66,32 bilhões para US$ 65 bilhões, em 2013.
