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dez 28 2012

PIB É A FALÊNCIA DOS ECONOMISTAS

 RENATO RIELLA

 

Ninguém consegue explicar de forma convincente porque o crescimento do PIB (Produto Interno Brasileiro) será perto de 1% em 2012, podendo até ser menor do que isso.

Ninguém consegue entender porque o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao longo do ano, chegou a prever um crescimento de 4% no ano que está se acabando.

Ninguém consegue aceitar que o mesmo ministro da Fazenda sonhe com um crescimento de PIB acima de 4% em 2013.

Os economistas e os analistas econômicos não conseguem explicar o “país do pibinho”, que vive a realidade do pleno emprego, com elevada taxa de satisfação em todos os níveis da sociedade.

 

DILMA DIZ QUE

FAZ O POSSÍVEL

A presidente Dilma Rousseff parece ser mais realista e disse ontem que  está fazendo “o possível e o impossível” para que o crescimento do Produto Interno Bruto no próximo ano seja o maior possível – o que é uma declaração bem mais aceitável do que todas as de Guido Mantega.

Dilma tenta explicar, dizendo que a retomada da economia mundial, principalmente dos Estados Unidos e da China, deve beneficiar o Brasil.

A presidente não pretende mesmo fazer mudanças no comando do Ministério da Fazenda. “O Mantega não tem a menor hipótese de sair do meu governo, a não ser que queira”.

“O ano de 2013 terá um ambiente melhor, que também vai ser propício ao Brasil. Mas nós somos uma economia que pode caminhar pelos seus pés”, disse a presidente, durante café da manhã com jornalistas.

“O Brasil tem que ter crescimento sustentável e contínuo, com grau de sustentação muito alto. Este foi o ano de buscar a competitividade. É algo que teremos que fazer permanentemente a partir de agora, mas a partida foi dada neste ano”,  acrescentou.

 

 REDUÇÃO DOS JUROS

FOI A GRANDE MEDIDA

Entre as medidas que poderão levar a essas condições, Dilma listou a redução de juros, a taxa de câmbio “mais realista” e investimentos pesados em infraestrutura. No entanto, cobrou veementemente a redução de impostos e mudanças na estrutura tributária, que, segundo ela, tem que ser mais racional.

“O Brasil precisa reduzir impostos. Quando diminui a carga de juros, possibilita reduzir impostos. O Brasil precisa de uma mudança na sua estrutura tributária. Não falo em reforma, porque é mais fácil criar um mosaico do que fazê-la abruptamente. O Brasil precisa de uma estrutura tributária mais racional”.

Perguntada sobre interferência no setor privado, a presidente foi enfática ao responder que agiu para garantir condições de empréstimos de longo prazo para investimentos. “Ninguém investe com financiamento de sete anos. Interferi, sim, para ter financiamento de 20, 30 anos e brigo ainda. Sou umas das pessoas mais preocupadas com financiamento a longo prazo”.

Dilma defendeu a criação de outras formas de financiamento a longo prazo no país, como fundos que aceitem debêntures como ações, e a maior participação de bancos privados no setor. “Precisamos que bancos privados participem dos financiamentos, e não apenas o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. Hoje tudo recai sobre o BNDES e não pode ser assim. O setor privado vai dar musculatura”, ponderou.

A presidente evitou comentar a expectativa de novas quedas na taxa de juros ou outros indicadores econômicos. “Não me manifesto sobre juros e câmbio”.

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