Com imagens em alta definição mesmo a quilômetros de distância, os drones comporados pela Polícia Civil são ferramentas que garantem mais precisão ao trabalho do Instituto de Criminalística.
Há cerca de um mês, a corporação recebeu 12 equipamentos, que serão distribuídos por áreas diversas da força de segurança definidas como prioritárias pela direção-geral.
Além do instituto — antes da nova aquisição, ele já trabalhava com três exemplares —, que receberá dois equipamentos, outras dez áreas foram mapeadas para terem esse reforço.
Para manusear a ferramenta e utilizar todos os recursos que ela oferece, oito peritos criminais receberam treinamento nos Estados Unidos por uma semana. Eles repassam o que aprenderam a 36 servidores responsáveis por controlar os drones em suas respectivas seções.
Na capacitação com um policial estadunidense, os brasileiros aprenderam procedimentos de segurança, tipos de programação variados e também puderam testar na prática como agir em situações de resgate.
“Vimos como levar determinado material a uma pessoa isolada na selva, por exemplo”, cita um dos participantes do curso, o perito criminal Paulo Enio.
O equipamento pode ser usado de várias maneiras. No Instituto de Criminalística, o drone garante uma reprodução muito mais fiel da real cena de um determinado crime. Além de fotografias e filmagens, o instrumento possibilita que os profissionais construam imagens 3D e as acessem de todos os ângulos.
O policial também cita o exemplo de um acidente de trânsito, em que seria possível com o sobrevoo identificar marcas de frenagem e outros detalhes da colisão para determinar com muito mais precisão a velocidade dos veículos e a causa da ocorrência.
Também é possível atuar em parcelamentos irregulares de solo ou em incêndios. A ferramenta consegue fazer medições necessárias para determinar o tamanho das áreas atingidas.
“Uma coisa é o perito ir caminhando ali dentro e outra é a gente fazer um sobrevoo que até pouco tempo só conseguia com o helicóptero. O que é muito mais caro.”
De acordo com a Polícia Civil, o aparelho será manuseado a uma altura máxima de 120 metros (altura aproximada de um prédio de 60 andares).