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jan 30 2014

POLÍCIA MILITAR PASSA SEUS DEPUTADOS NO LIQUIDIFICADOR

RENATO RIELLA
Não me canso de falar sobre a tartarugagem da Polícia Militar em Brasília. Ontem, no meio da tarde, o estacionamento em frente ao cartório da 505 Sul (W3) estava movimentado, quando dois bandidinhos armados tentaram fazer um sequestro-relâmpago.

A mulher motorista conseguiu fugir deles e os carinhas não souberam dar partida no carro automático. Saíram fugindo por dentro da quadra residencial, enquanto uns e outros socorriam a pobre coitada.

Hoje, em diversos pontos da cidade, vi carros da PM estacionados de forma ostensiva, com dois policiais em pé do lado de fora, luzes acesas, numa demonstração de presença na cidade. Mas me pareceu uma presença vegetativa, sem ação. Tartaruguentos!

O certo é que a quase eterna operação-tartaruga da Polícia Militar do DF permanece, dando-me a impressão de que é motivada pelo interesse eleitoral de alguns “líderes”, nas vésperas da escolha dos deputados distritais.

Lamento que a Polícia Militar, desde 1990, venha elegendo deputados oriundos dos seus quadros, os quais rapidamente são triturados por desencontros múltiplos, tendo sempre carreira relâmpago.

O último deles ainda está cumprindo mandato: é o deputado Patrício, antes chamado de Cabo Patrício, mas agora distante da tropa e acusado (talvez injustamente) de todos os males.

Em outubro, três ou quatro desses que estão liderando a operação-padrão serão bem votados e pelo menos um deles eleito. Logo depois este novo deputado virará vilão, moído no liquidificador da tropa.

Enquanto isso, as mulheres continuarão sendo assaltadas na 505 Sul por bandidinhos visíveis a olho nu por qualquer policial mais atento.

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