Para este ano, a estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pela 15ª vez seguida. A projeção da inflação anual passou de 9,15% para 9,23%.
Neste ano, a inflação deve ficar acima do limite superior da meta estabelecido pelo governo, que é 6,5%. Para 2016, a projeção permanece em 5,4%.
A promessa do BC é entregar a inflação no centro da meta (4,5%), em 2016. Como as expectativas para o próximo ano ainda estão acima disso, o BC considera que precisa continuar elevando os juros.
Na última sexta-feira (24), o diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, disse que, mesmo com alguns resultados positivos inegáveis, acontecimentos recentes mostram que existem novos riscos que podem influenciar o resultado da inflação em 2016. Para o diretor, isso pode afetar as expectativas de inflação no longo prazo.
Para o diretor, há sinais positivos da convergência da inflação para 4,5% no próximo ano, mostrando que o BC está no caminho certo. “No entanto, o progresso até agora na luta contra a inflação precisa ser equilibrado contra riscos recentes que ameaçam nosso objetivo central”, disse. O diretor acrescentou que o Banco Central deve permanecer cauteloso no momento atual.
Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo. (AGÊNCIA BRASIL)