JOSÉ ROMILDO (AGÊNCIA BRASIL)
Instituições financeiras consultadas semanalmente pelo Banco Central (BC) esperam que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), chegue a 9,32% este ano.
Essa foi a 17ª elevação seguida para a projeção. Na semana passada, a estimativa estava em 9,25%.
Para o próximo ano, a expectativa é inflação menor: 5,43%. Na semana passada, a estimativa estava em 5,40%.
As projeções estão acima do centro da meta de inflação, 4,5%. O teto da meta, 6,5%, deve ser estourado este ano.
Na última sexta-feira (7), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA acumulado nos primeiros sete meses do ano chegou a 6,83%, o índice mais elevado para o período de janeiro a julho desde 2003 (6,85%).
Em 12 meses encerrados em julho, a taxa ficou em 9,56%.
Para tentar trazer a inflação para a meta, o BC elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes seguidas. A promessa do BC é entregar a inflação na meta em 2016.
O BC indicou que não deve elevar a Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em setembro. Segundo o BC, os efeitos de elevação da Selic levam tempo para aparecer.
Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 14,25% ao ano até o fim de 2015 e ser reduzida em 2016, encerrando o período em 12% ao ano.