ANDRÉ GUSTAVO STUMPF
Está muito difícil viajar de avião.
Depois que as empresas começaram a cobrar por mala despachada, os passageiros passaram a levar tudo nas mãos.
Aconteceu o inevitável: malas e pacotes não cabem no compartimentos acima das cadeiras. O que provoca o corre-corre das aeromoças para despachar volumes maiores. Isso atrasa o voo e provoca demora no embarque.
Durante o voo – onde nada mais é servido da graça, apenas um copo de água – surgiu um novo ingrediente. É permitido levar cachorros de estimação.
Vim do Rio com crianças gritando por causa do fim das férias e dois cachorros uivando. Um gania do lado esquerdo da aeronave e outro respondia com latidos no lado direito.
O passageiro, prensado entre pacotes, com pouco espaço agora perdeu o direito a uma soneca.
Avião saiu atrasado, naturalmente, e chegou ainda mais atrasado em Brasília.
A aviação comercial no Brasil está piorando a olhos vistos. A TAM depois de virar chilena decai a olhos vistos. As passagens, contudo, estão muito mais caras.
A ANAC, que é tão rápida em defender as empresas, deveria tomar alguma providencia quanto a malas e animais nos voos.