RENATO RIELLA
Está programado para ser julgado na próxima terça-feira, no Tribunal Superior Eleitoral, o processo sobre possível irregularidade na eleição do senador Joaquim Roriz, em 2010.
Se houver mesmo a condenação, haverá dois resultados fortes para a política do DF:
1. Roriz fica inelegível por mais um motivo. Antes, estava inelegível por ter renunciado no Senado, visando escapar de processo na Comissão de Ética. Agora, por ser condenado por colegiado (o plenário do TSE).
2. O senador Gim Argello, que assumiu em 2011 a vaga do Roriz como seu primeiro suplente, perde o mandato.
É interessante registrar que este processo tem como origem o hoje governador Agnelo Queiroz, que perdeu no voto a eleição de senador para Roriz, mas alegou irregularidade na campanha. Seus advogados tentam provar desde 2010 que a turma do Roriz usou o site da Caesb para propaganda indireta do número de campanha do Roriz. Se a maioria dos ministros do TSE aceitar essa tese, haverá as consequências já citadas acima.
Hoje, não interessa mais a Agnelo diretamente este assunto. Havendo a perda de mandato por parte de Gim, quem virará senador, por um ano e meio, é o administrador de Brasília, Messias de Souza, que disputou a eleição em 2010 como primeiro suplente do Agnelo.
Portanto, a próxima semana começa com suspense na política de Brasília.
