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maio 24 2013

PT E PMDB, UMA ALIANÇA DE SABÃO

RENATO RIELLA

Existe uma gravíssima crise entre o PMDB e o PT. É um verdadeiro abismo que se abre esses dois principais partidos aliados. No entanto, diversas áreas da nação não querem enfrentar esse problema, que acaba afetando o país como um todo.

No Congresso Nacional, principalmente na Câmara Federal, o PMDB tem sido o mais discordante entre os partidos aliados, na hora das votações críticas.

E há as crises em diversos estados. A mais notória localiza-se no Rio, onde o jovem senador petista Lindbergh lidera as pesquisas de opinião para governador, mas está sendo pressionado a abrir mão da candidatura, em favor do vice-governador Pezão, candidato escolhido pelo governador Sérgio Cabral.

Na Bahia, o antigo peemedebista Geddel Vieira Lima lançou-se há muito tempo candidato à sucessão do governador petista Jaques Wagner, que por sua vez lançará um candidato do seu partido ao governo do estado.

O senador Eunício Oliveira, líder do PMDB no Senado, é um dos nomes mais estratégicos da presidente Dilma, mas lançou-se candidato ao governo do Ceará e não admite que o PT tenha candidatura própria.

Alguns argumentam que em outras eleições, e em outros estados, houve a figura do palanque duplo, que poderia ser usufruída pela candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff. Mas os peemedebistas não estão dispostos a conviver com essa situação dúbia e ameaçam até apoiar outro candidato a presidente.

Há problemas parecidos ocorrendo no Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul, entre outros estados.

A presidente Dilma tem péssima coordenação política e em algum momento terá de valer-se da intercessão do ex-presidente Lula, que aqui e ali começa a ser lançado como candidato a presidente em 2014, embora não dê o menor sinal de que possa aceitar esse desafio.

Os meses de junho e julho serão dominados por dois grandes eventos internacionais, a Jornada Católica da Juventude e a Copa das Confederações, além do recesso parlamentar de meio de ano. Por isso, é provável que a crise surja pra valer em agosto e setembro, prazo final para as definições partidárias, que pesam muito nessas negociações.

E, para completar, a situação entre PMDB e PT não é confortável no Distrito Federal. Pode haver problema também em Brasília. Como se diz: é só o que faltava.

 

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