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abr 29 2014

QUEM VAI DECIDIR AS ELEIÇÕES NO DF ESTÁ POR FORA

WILON WANDER LOPES

Como sabem todos os que se ocupam – e mais os que se preocupam – com a política, o ano de 2014 começou antes, no dia 4 de outubro. Até então, quem quisesse um emprego público, sem precisar fazer concurso, tinha que se filiar a algum partido político. Todo o Brasil se movimentou, já que a política é o canal por onde passam todos os problemas – e suas respectivas soluções.

No Distrito Federal, de olho no Governo do Distrito Federal, tudo indica que Agnelo Queiroz será candidato à reeleição pelo PT (Magela está a postos, nos cascos…), se conseguir manter a aliança com o PMDB (Filippelli está sendo tentado a cair fora).

Na oposição, Rodrigo Rollemberg, do PSB. Lançado pelo PDT, Reguffe preferiu apoiar Rollemberg. Estão juntos, contra o PT, os ex-governadores Roriz e Arruda. O PSDB incensou o deputado Pitiman. O PSol deve ir de Toninho; a distrital Eliana Pedrosa, do PPS, também visa o GDF. Aparecerão outros?

Parecendo longe, mas de olho nas centenas de milhares de votos que obteve no Distrito Federal, Marina Silva deve estar imaginando o que fazer, em 2014, com Brasília e suas satélites. Será que está arrependida de não ter aceitado os conselhos para disputar o Senado ou o governo do DF?

Espremendo o quadro, vê-se que, por incrível que pareça, os que correm por fora, sem mandato, têm força para decidir as eleições no DF: ou seja, Roriz, Arruda e Marina deverão ser o fiel da balança.

Com um quadro tão indefinido, haja alianças para casamentos prováveis (Rodrigo e Reguffe?) e improváveis (Agnelo e Arruda?), numa verdadeira guerra, a maior do DF até agora.
Outro sem-mandato que pode bagunçar o coreto é o presidente do PDT, Carlos Lupi, cujo partido dá força ao Diretório Nacional para decidir tudo. Uma aliança Agnelo-Reguffe está na mão dele…

Por falar em guerra, tomara que dossiês e vídeos sejam coisa do passado. Comenta-se, porém, nas altas rodas que, além do estoque antigo, há filmes mais recentes. Ainda tem a Copa (Brazil!!!). Assim, são outros elementos de fora a influenciar.

Lamentavelmente, o personagem principal, o eleitor agora biometricado, com seu tão querido voto, deixou de ser o elemento decisivo há muito tempo. Cada vez mais são os partidos políticos que decidem em quem vamos votar. Até quando?

DECEPÇÃO COM A POLÍTICA

Tancredo Neves disse que Brasília era uma cidade cassada. Por isso, o DF lutou tanto pelo Direito de Voto. Por que será, então, que, depois de tanta luta em que se envolveram praticamente todas as entidades da sociedade civil do DF, tantos cidadãos daqui estão decepcionados com a política? Por que tanto se fala em voto nulo? Por que os políticos, em geral, ficaram tão desmoralizados?

No cérebro das altas decisões nacionais, como o presidente Juscelino chamou Brasília, a política, infelizmente, só tem sido um elemento de degradação da imagem do nosso Distrito Federal lá fora, a ponto de Brasília ser chamada de “capital da corrupção”.

Mas, como disse o humorista Danilo Gentili, em recente stand up no Teatro Nacional, “Brasília não envergonha o Brasil. É o Brasil que envergonha Brasília. É o Brasil que manda os políticos corruptos para cá!” Uma dura verdade!

O que acontecerá nas urnas de 2014 no nosso tão amado e encrencado Distrito Federal? Com certeza, por incrível que pareça, é de se repetir, quem está fora é que vai decidir a eleição no DF. O pior é que as pesquisas mais recentes mostram que o eleitor não está nem aí para as eleições…

E você, leitor? Se você já está pensando nas eleições de 2014, em escolher bem os candidatos que se apresentarem, em outubro, para lhe representar, ainda bem. A verdadeira reforma política que o Brasil tanto precisa, que tantos dizem ser necessária, inclusive os políticos sérios, passa pelas urnas. E a hora vai ser sua, o poder será seu. A corrida já começou. Prepare-se. E vote no melhor!

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