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dez 05 2014

QUEM VAI INTERVIR NA CRISE CRESCENTE DE BRASÍLIA?

RENATO RIELLA

Faltam 25 dias para terminar o governo Agnelo Queiroz no Distrito Federal. Somando-se mais 15 ou 20 dias para início de trabalhos do governo Rodrigo Rollemberg, podemos imaginar que Brasília vai parar.

Nesse período de mais de 40 dias, deveremos viver situações dramáticas, que podem ser visualizadas já hoje, com algum nível de observação.

Na prática, estamos sem uma estrutura de governo de transição. As equipes de Agnelo e Rollemberg (e também os dois governadores) declararam-se em regime de guerra, publicamente.

Mas a cidade não é o governo. A cidade somos nós, formada por cidadãos e instituições.

No entanto, todos nós estamos vendo Brasília sem ônibus, sem atendimento hospitalar, com falência nos serviços básicos de manutenção dos bairros, com ameaças à manutenção das folhas salariais, entre muitos outros itens assustadores.

O que fazer?

A imprensa reflete as coisas pontualmente, como se fosse aquela parábola dos cegos que tentam reconhecer um elefante apalpando a tromba, as patas, o corpo e o rabo.

Precisamos ver o elefante brasiliense na sua totalidade mas, como cidadãos, não podemos fazer nada.

Deste espaço virtual, razoavelmente influente, faço apelo dramático ao Tribunal de Justiça do DF, ao Ministério Público do DF, à OAB-DF, à Arquidiocese, à também caótica Câmara Legislativa, às federações do Comércio e das Indústrias, e a outras instituições expressivas, para que formem hoje um grupo que possa conduzir a transição – como se estivéssemos, por exemplo, na Faixa de Gaza.

Todas essas entidades podem ser acusadas de omissão se permanecerem encasteladas nas suas sedes, enquanto Brasília exaure as suas forças na falta de informações sobre o tamanho da crise, que fica diagnostica em valores financeiros chutados, que podem ir de R$ 2 bilhões a R$ 7 bilhões.

Socorro, socorro, socorro! – é o que grita o trabalhador sem ônibus de manhã cedo. Se tiver um ataque cardíaco, nem hospital…

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