RENATO RIELLA
Ando pela cidade e uns e outros e ficam me perguntando sobre a política em Brasília. Respondo sempre que nada está decidido.
Por exemplo, não dá para garantir que a chapa Agnelo (PT) – Filippelli (PMDB) está mantida, embora os dois tenham dado mostras de reaproximação.
No entanto, o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, disse esta semana que o seu partido terá, no próximo ano, candidatos a governador em pelo menos 18 estados – e ele já sonha em lançar candidato a presidente em 2018.
Isso significa que, em dois terços dos estados brasileiros, petistas e peemedebistas vão se enfrentar no primeiro turno, prevendo-se- disputas sangrentas em estados como Rio de Janeiro, Ceará e Bahia, entre outros.
Se os dois partidos estiverem muito distantes no período eleitoral de 2014, há chance de uma candidatura do PMDB no DF, com Tadeu Filippeli disputando o cargo de governador.
A possibilidade de uma separação entre Agnelo e Filippelli reduz muito as chances de eleição de um dos dois. Juntos, na repetição da chapa de 2010, eles quase certamente iriam para o segundo turno, com chance de vitória. Isolados, ficam iguais a todos os outros que estão sonhando com o Palácio do Buriti.
Mas não nos esqueçamos: a relação PT-PMDB está muito ruim, em todos os níveis. Tudo pode acontecer.