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out 30 2017

Raquel Dodge defende pena maior para trabalho escravo

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, classificou a portaria editada pelo governo que dificulta o combate ao trabalho escravo como “claro retrocesso” e defendeu uma pena maior para quem comete o crime. Segundo ela, a punição prevista no Código Penal, de dois a oito anos de reclusão e multa, é baixa diante da gravidade do delito. Dodge falou em evento sobre trabalho escravo hoje (30) na Escola Superior do Ministério Público da União.

“A pena mínima é muito baixa. Em geral, os juízes aplicam a pena mínima aos que são primários, não reincidentes, o que leva à conversão da pena de prisão em uma das penas alternativas, como pagamento de cestas básicas, prestação de serviços à comunidade. Algo que é importante para a reeducação dos infratores, mas que é de todo modo desproporcional ao que ele fez a outros seres humanos”, criticou Dodge.

Para ela, o conceito de trabalho escravo criado na norma, atrelado obrigatoriamente à restrição de locomoção, não atende ao princípio da dignidade humana.

“Aquele conceito abraçado nessa portaria está apenas a dizer que a escravidão é uma questão de ofensa a um certo grau da liberdade humana. Ela é muito mais do que isso. A escravidão fere a dignidade humana”.

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