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nov 15 2017

“Rebeldes sem causa” continuam matando e EUA não debatem o problema

 

RENATO RIELLA

Os “rebeldes sem causa”, que não têm nada a ver com os “lobos solidários” do islamismo, passam a ser a grande preocupação dos Estados Unidos neste semestre. E ontem aconteceu mais um caso, na Califórnia, onde houve pelo menos quatro mortes, mas com relativamente pouca repercussão.

Esses “rebeldes sem causa” são bem representados pelo assassino de Las Vegas, que matou pelo menos 58 pessoas por nada. O homem de terceira idade não tinha nenhum motivo para ser tão revoltado, mas um dia decidiu morrer levando consigo dezenas de pessoas.

O de ontem teve um desentendimento doméstico. Sendo possuidor de diversas armas, saiu atirando a esmo. Além dos quatro mortos reconhecidos, há diversos feridos, transportados para hospitais.

Psicólogos interpretam que os “rebeldes” são pessoas frustradas ou revoltadas com sua vida pessoal, que descarregam a raiva em desconhecidos. Mas há um fator a se estudar: eles gostam de imaginar a notoriedade que terão depois de mortos. E efetivamente ficam famosos durante alguns dias, até serem superados por outro maluco.

Uma providência útil, que reduziria a incidência desses casos, seria um pacto entre as forças policiais e a imprensa americana, no sentido de não identificar publicamente esses produtores de massacres.

O caso poderia ser noticiado e até detalhes sobre o assassino, mas sem foto nem nome. A divulgação é útil e necessária nos casos de terrorismo, onde geralmente há outros envolvidos e a investigação se desdobra.

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