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nov 20 2012

REDE PLUVIAL ESTÁ NAS ÚLTIMAS

RENATO RIELLA

A possível solução para os alagamentos em Brasília traz à tona uma história muito mais complicada. O atual governo e os anteriores não abrem o jogo, mas a rede pluvial do centro de Brasília literalmente estourou.

Todos nós já nos assustamos ao passar pelas ruas de trás dos ministérios (N2 ou S2), em período de chuvas. Bueiros instalados no asfalto estouram graças à força das águas que descem do Sudoeste (agora do Noroeste, também), do SAAN, do Cruzeiro, etc, passando por baixo do Parque da Cidade e cruzando Brasília em direção ao Lago Paranoá.

Há 20 anos, essas tubulações subterrâneas eram suficientes. Mas a capacidade de captação de águas aumentou muito, com o asfaltamento de grandes áreas acima do Parque da Cidade. Assim, ou os bueiros estouram, ou então produzem-se alagamentos assustadores.

Há alguns meses, na N2, quase tive meu carro arrastado por ondas acima de um metro de altura. E não estava chovendo lá. A chuva repentina e forte ocorreu logo acima, provavelmente no Sudoeste. Parecia filme de terror, do qual escapei com sorte. E assim vamos nos prevenindo para momentos difíceis.

Será preciso muito investimento e grandes obras de engenharia para evitar que o tsunami subterrâneo nos arraste. E o governador Agnelo Queiroz precisa se prevenir contra o desgaste de outras fotos que podem correr o mundo. Enquanto não houver vítima fatal, a coisa fica no rumo do humor. Mas um dia as coisas podem piorar. Aí, o problema se tornará ainda mais sério.

Resumo: Brasília envelheceu e precisa de muitas cirurgias.

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