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jun 02 2015

REFORMA POLÍTICA: QUEM PERDE É A POPULAÇÃO

No dia 26, na Câmara Federal, foi rejeitada a proposta do “Distritão”, aposta do Presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Os deputados contrários ao “Distritão” não deixaram de ressaltar que Cunha saiu da votação derrotado, pois sua forma de conduzir os trabalhos no Legislativo tem se mostrado autoritária e arrogante.

Cunha, por sua vez, afirmou que derrotado foi o povo e que a Câmara não se encontra em sintonia com os anseios da sociedade.

Segundo o professor de sociologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rodrigo Prando, “nesta história ninguém é inocente. Longe disso. É pouco provável que os deputados levem, com seriedade, a discussão bem fundamentada de uma reforma política, no que tange, por exemplo, ao sistema eleitora e ao financiamento de campanhas. Seria ingenuidade supor que os políticos estejam, no caso em tela, imbuídos de espírito republicano e que votem medidas que, futuramente, possam atrapalhar seus projetos políticos mais imediatos. Em síntese, parece haver pouca disposição para tratar de tema tão importante e necessário para o país”, afirma o sociólogo.

Ainda de acordo com Prando, Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, faz de tudo para derrotar o Governo, assim como Renan Calheiros, Presidente do Senado, que também não poupa esforços para confrontar e derrotar o Planalto.

Para o professor, vale lembrar que ambos são do PMDB, partido da base governista.

Na votação, ao que indica, os deputados quiseram dar um recado para o estilo de liderança de Cunha.

“Ora se derrota o Governo, ora se derrota os Presidentes das Casas, mas, no fundo, quem sai derrotado, ao final, é a sociedade brasileira”, conclui.

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