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nov 25 2016

REIVINDICAÇÕES DE RUA PODEM VOLTAR, MAS NÃO HÁ PROPOSTAS DEFINIDAS. O BRASIL NÃO SABE O QUE QUER

Estão sendo convocadas manifestações populares dos brasileiros para este domingo e para o próximo domingo.

Mas o que se dizer nos cartazes e nas camisetas?

Chegamos a um estágio em que não temos proposta.

A proposta, por eliminação, é a manutenção do governo de Michel Temer, na esperança de que permaneça a relativa estabilidade institucional deste segundo semestre.

No entanto, lembramos que o presidente nunca teve staff na sua vida profissional. Hoje, ainda não tem um conselheiro de imprensa ou de comunicação para protegê-lo das más palavras.

Por isso, errou fortemente pelo menos em três oportunidades:

1. Disse à imprensa temer a prisão do Lula.
2. Protegeu o ministro Geddel (que finalmente caiu)
3. E pensa em sancionar a anistia do Caixa Dois.

Tudo isso e muitas outras coisas, como os projetos polêmicos em tramitação no Congresso, abalam a credibilidade de Michel Temer. Mas ele sabe que o Brasil hoje não possui outra opção institucional que não seja o próprio Temer.

O presidente tem a seu favor a equipe econômica, mas fechará 2016 com uma queda acumulada do PIB de quase 10%, o que é uma tragédia. A população está sofrendo na carne e no bolso.

As manifestações de rua podem pedir a volta da Dilma, ou pedir a realização de eleições gerais, a saída do Temer (sem opção), o afastamento do Renan, apoio amplo ao Sérgio Moro, combate ao projeto da Caixa Dois, etc.

O povo nas ruas pode pedir tudo, mas não haverá unidade de propostas. O Tribunal Superior Eleitoral tem um processo que pode cassar a chapa Dilma-Temer, mas quando será julgado?

Diante de tudo isso, pergunto:
Os petistas pedirão o quê, nas manifestações de rua?
Os coxinhas reivindicarão o quê?
Os despolitizados pedirão o quê?

O Brasil está insatisfeito, mas ninguém consegue dar uma sugestão aproveitável neste momento, antes de um possível caos e de possíveis conflitos desorganizados.

A esperança é que Michel Temer se cerque de conselheiros sábios e prudentes. E afaste as provocações, reduzindo o nível de descontentamento do povo.

Será que ele está pensando em reciclar seu comportamento para sobreviver?

A próxima semana talvez seja a mais difícil da história do Brasil e pode definir nosso futuro.
(RENATO RIELLA)

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