RENATO RIELLA
Nas próximas horas, quase certamente o Brasil verá o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) eleito presidente do Senado Federal. O gramado em frente ao Congresso Nacional está sendo palco de protestos, com vassouras, baldes e panos de chão, simbolizando uma lavagem.
O protesto, organizado por dezenas de entidades de movimentos anticorrupção, pede aos senadores que escolham um presidente ficha limpa, capaz de dirigir o Senado “com independência e dignidade”. Mas esta parece ser uma causa perdida.
Em dezembro, o Congresso Nacional, neste caso representado pela Câmara, empossou como deputado federal o petista José Genoíno, sabendo que este fora condenado pelo Supremo Tribunal Federal, estando prestes a ser preso.
Deputados e senadores não estão se importando com a opinião pública. Os principais partidos desafiam a sociedade e em algum momento pagarão um preço político por isso.
Além de Renan Calheiros, os senadores Pedro Taques (PDT -MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) são candidatos à presidência do Senado, mas provavelmente não têm chance de vitória.