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mar 27 2019

RODRIGO ESTÁ MAIS DESAFIADOR DO QUE GILMAR MENDES

O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, está fazendo barbaridades, mas vem sendo preservado pela comprometida imprensa, apenas pelo fato de ser, momentaneamente, inimigo do presidente Bolsonaro.

Rodrigo Maia pode agir hoje da forma mais negativa possível, sem ser atacado, nem criticado, nem cobrado. Está pior do que o ministro Gilmar Mendes, que não se importa com o certo e o errado.

Vejam só o caso do projeto que acaba com o foro privilegiado para mais de 50 mil autoridades brasileiras. Tornou-se consenso no Brasil que isso precisa ser feito.

O projeto do senador Álvaro Dias (Podemos), eliminando esta impunidade generalizada, foi aprovado no ano passado pelo Senado, sem dificuldade.

Na Câmara, a proposta do fim do foro privilegiado passou por todas as comissões.

No momento que for levada a plenário por Rodrigo Maia, certamente será aprovada. E Bolsonaro, com certeza, sanciona esta lei de grande impacto na política brasileira.

Rodrigo Maia teme o fim do privilégio. Há risco de ser julgado pela Justiça comum, em primeira instância, e isso assusta qualquer um. No Supremo, ele tem conseguido se preservar. Lá é quase impossível alguém ser condenado.

Da mesma forma, Rodrigo Maia bombardeia o projeto anti-corrupção do ministro Moro por causa da oficialização da prisão em segunda instância.

O presidente da Câmara sabe que, mantida a prisão em segunda instância, ele pode um dia acabar atrás das grades. E espera por decisão sobre este caso no Supremo, em abril.

Outra postura inacreditável de Rodrigo Maia é esta, de aprovar o Orçamento de cumprimento obrigatório pelo governo.

A mudança na Constituição, que ainda depende do Senado, visa atingir o presidente Bolsonaro, que passará a ter dificuldade no manejo do dinheiro público.

Mas, pensem bem, atinge também os futuros presidentes.

E mais: se o orçamento impositivo passar no plano federal, no plano estadual as assembleias legislativas tentarão o mesmo.
Passa a ser um parlamentarismo financeiro, tirando poder dos governantes eleitos.

Rodrigo Maia está errando na dose – e breve a sociedade perceberá isso.

Sem contar a sabotagem na discussão da Reforma da Previdência. Aí já é demais, pois este assunto é vital.
Sobre Previdência, o governo fez o que devia fazer: mandou um projeto detalhado e corajoso.

Cabe ao Congresso decidir e votar sem reclamar. Mude-se o que for necessário, mas vamos trabalhar.

Chega de mi-mi-mi para desgastar o presidente Bolsonaro. (RENATO RIELLA)

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