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dez 27 2016

RODRIGO ROLLEMBERG CONTINUA SOZINHO E É REJEITADO PELA POPULAÇÃO

rollPraticamente um terço dos moradores do Distrito Federal dá nota zero para o governador Rodrigo Rollemberg. É uma situação trágica, num governo que ainda tem mais de dois anos de mandato, até 31 de dezembro de 2018, para fazer alguma coisa.

A rejeição é alarmante e foi medida em pesquisa do Instituto Dados Opinião, por encomenda do site Metrópoles. Na verdade, a nota zero foi dada por 30,3% dos eleitores, numa pesquisa que entrevistou 1.200 pessoas distribuídas por todas as regiões do DF.

Rollemberg pode até se sentir revoltado pela divulgação desse índice desmoralizante na última semana de 2016, mas todos podemos reconhecer que esta é a realidade.

O governador distanciou-se de todas as forças representativas da sociedade desde outubro de 2014, quando habilitou-se a disputar o segundo turno das eleições contra Frejat.

Baseado em pesquisa do próprio Instituto Dados Opinião, Rollemberg sabia que venceria o segundo turno. Com isso, pessimamente mal orientado, suspendeu entendimentos com todas as forças políticas do DF.

Essa postura de desconfiança em relação a quase todo mundo afunda o governo até hoje. Ninguém presta para Rollemberg, que anuncia projetos sem buscar a sociedade para negociar alternativas de melhor aceitação.

Neste mês de novembro, por exemplo, Rollemberg sofreu derrota nunca vista. Ele vetou 29 projetos de parlamentares, mas os deputados derrubaram todos esses vetos na Câmara Legislativa. As propostas, algumas delas extravagantes, acabaram virando lei.

Mesmo sabendo que os deputados distritais estavam rebelados contra seu governo, Rodrigo Rollemberg (mais uma vez mal orientado) tentou eleger o deputado Agaciel Maia para a presidência da Câmara Legislativa.

O resultado é que sofreu a previsível derrota, pois o eleito foi Joe Valle (PDT), de linha independente em relação ao governo.

Os apressadinhos falam, então, que o governador pode sofrer um impeachment na Câmara Legislativa (como aconteceu com Dilma).

Aposto como isso não acontece. Em primeiro lugar, o vice Renato Santana é absolutamente inexpressivo e inexperiente. Os deputados distritais estariam trocando um ex-senador por um servidor de carreira de nível bastante inferior, sem expressão política.

Além do mais, não há fato relevante para o afastamento do governador, que pode ser reprovado nas pesquisas, mas detém um mandato legítimo, sem acusações reais.

O levantamento do Instituto Dados foi feito presencialmente entre os dias 16 e 21 de dezembro. A margem de erro é de 2%.

Do total de entrevistados, 44,2% consideram o governo péssimo, enquanto 24% classificam a gestão de ruim. Somando essas duas avaliações negativas, o total chega a 68,2%. (RENATO RIELLA)

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