RENATO RIELLA
Os brasilienses encerram o ano de 2013 sem sinalizações sobre a eleição do próximo ano. Tudo pode acontecer!
A grande expectativa gira em torno do ex-governador Joaquim Roriz, que lidera todas as pesquisas feitas ao longo do ano e que tem lugar garantido num possível segundo turno das eleições – desde que possa ser candidato.
O primeiro obstáculo de Roriz é a própria saúde. Pessoas ligadas a ele indicam que o ex-governador pode passar a qualquer momento, neste início de 2014, por um transplante de rim. Se a cirurgia acontecer e se for bem sucedida, ele poderá se recuperar a tempo de tentar disputar a eleição.
Mas os desafios não param por aí. Roriz tem condenação em primeira instância na Justiça do DF, por contratação irregular de agência de publicidade (o ex-secretário de Comunicação Social, Weligton Moraes, foi condenado a prisão junto com ele).
Se os dois forem julgados e condenados em segundo instância, podem até protelar possível prisão valendo-se de recursos judiciais variados, mas nesse caso Roriz estará inelegível.
Os seus adversários afirmam também que ele está atingido pela Lei da Ficha Limpa, pois renunciou ao cargo de senador em 2007 para não passar por processo de cassação de mandato. Nesse caso, Roriz pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal para ser candidato, alegando que no período da renúncia a lei ainda não existia (é argumentação forte a favor dele).
Portanto, está todo mundo de olho no Roriz e nas suas incertezas eleitorais, sabendo-se que, se não puder ser candidato, transferirá apenas parte dos 30% que ostenta nas pesquisas.