O Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) avaliou as medidas tomadas pelo Brasil quanto à eliminação das violações identificadas quanto ao uso de ractopamina na alimentação do gado, além de resultados dos estudos laboratoriais de produtos fabricados por empresas nacionais. O embargado valia há um ano.
“Levando em conta os resultados da análise de materiais, além das garantias fornecidas pela Secretaria de Proteção Vegetal e Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil sobre o cumprimento das condições de produção e venda de produtos de empresas brasileiras, O Rosselkhoznadzor considera possível remover as restrições temporárias”, diz a nota oficial do órgão.
Com o fim do embargo, voltam a exportar para a Rússia as empresas Barra Mansa Comércio de Carne e Derivados, Minerva, Alibem Alimentos, Agra Agroindustrial de Alimentos, Adelle Indústria de Alimentos, Cooperativa Central Aurora Alimentos e Frigorífico Astra do Paraná.
De Dubai, nos Emirados Árabes para onde viaja a negócios, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi comemorou o fim do embargo.
“É uma coisa muito desejada, muito esperada pelos produtores brasileiros. Estamos aqui comemorando e eu quero aqui agradecer ao empenho de todos que se envolveram nisso, aos produtores, aos industriais, às plantas frigoríficas, ao meu pessoal do Mapa (abreviatura do nome do ministério), o nosso adido na Rússia, todos muito importantes para que a gente conseguisse fazer isso. É difícil abrir mercado, fácil perder e é muito mais difícil reconquistar mercados então estamos todos muito felizes aqui”.
A carne brasileira foi embargada no mercado russo desde novembro de 2017 pelo uso de ractopamina, substância proibida em alimentos na Rússia. Com a queda da restrição, o Brasil poderá voltar a exportar para o país a partir de amanhã.