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jan 30 2018

Se depender de Carmen Lúcia, prisão em segunda instância fica, e isso preocupa muito o PT

Nas últimas horas, a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmen Lúcia, tranquilizou o Brasil, ao afirmar que não haverá mudança na questão da prisão em segunda instância.

Há a expectativa de que, voltando a tratar desse assunto, com a mudança de voto já declarada do ministro Gilmar Mendes, esse tipo de prisão deixe de ocorrer, perdendo no plenário do STF por 6×5.

Pressionada a se posicionar sobre isso em diversos momentos, Carmen Lúcia afirmou à imprensa: ““A questão foi decidida em 2016 e não há perspectiva de voltar a esse assunto”.c

Cabe à presidente do Supremo pautar os assuntos a serem votados e ela disse que não vai colocar a rediscussão da prisão de condenado após julgamento em segunda instância.

Em jantar nesta segunda-feira (29) com jornalistas, ela foi perguntada se, com a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o tema voltaria à pauta.

Cármem Lúcia respondeu que pautar o assunto em função de um caso específico seria “apequenar o Supremo”.

 Nesta terça, em entrevista ao repórter Marcos Losekann, ela explicou o que pensa do assunto. Falou também sobre o fim do recesso do Judiciário e o que esperar do Supremo.

 

ENTREVISTA

 Repórter – Ministra, vai começar mais um ano do Judiciário. Qual é a sua expectativa para 2018?

Cármen Lúcia – Em primeiro lugar, que a gente possa implementar cada vez mais a eficiência do Supremo Tribunal Federal de uma forma específica, que é o que o cidadão espera. Mais rapidez nos julgamentos, mais eficiência. Portanto, e é este o empenho do Supremo Tribunal Federal especificamente para o ano de 2018.

 Repórter – Ultimamente, tem se falado muito, ministra, da questão da segunda instância. A senhora, recentemente, num jantar, comentou essa questão. O Supremo está sob pressão para votar isso?

Cármen Lúcia – Em primeiro lugar, o Supremo não se submete a pressões para fazer pautas. Em segundo lugar, a questão foi decidida em 2016 e não há perspectiva de voltar a esse assunto.

 Repórter – A senhora acha que não é o caso de voltar?

Cármen Lúcia – Não há pauta sobre isso neste momento. Portanto, não há o que se cogitar neste momento.

 Repórter – E se um ministro trouxer o assunto à mesa?

Cármen Lúcia – Direito do ministro. Mas aí é em mesa, não é em pauta.

 Repórter – Quem decide a pauta é a senhora?

Cármen Lúcia – A pauta é da presidência. O que você coloca como processos em mesa é assunto que diz respeito a processos muitos específicos e, aí sim, que não são sujeitos à pauta.

 Repórter – A senhora disse que apequenaria o Supremo. A senhora acha que trazer esse assunto agora seria casuístico?

Cármen Lúcia – Não há agora este assunto para ser pautado. Isso que eu disse. E, portanto, relativamente a um dado específico, não há do que se cogitar agora.

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