O Supremo Tribunal Federal não julga mais de 500 políticos acusados de crimes diversos e, quando julga, nada acontece.
É o caso do senador Ivo Cassol (PP-RO), condenado a quatro anos e oito meses de prisão, em 2013. Desde esse tempo, vive normalmente, trabalhando no Senado, viajando, etc, sem ninguém incomodar ele por nada.
Agora, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ofício à presidente do Supremo, ministra Carmen Lúcia, do pedindo solução para este impasse.
Acusado de fraude em licitações quando era prefeito do município de Rolim de Moura (RO), entre 1998 e 2001, Cassol foi considerado culpado pelo crime pelo STF, mas até hoje não começou a cumprir a pena por causa de recursos pendentes de julgamento.
A análise do último recurso foi interrompida em setembro de 2016 por um pedido de vista do falecido ministro Teori Zavascki. Em agosto deste ano, o sucessor dele, ministro Alexandre de Moraes, concluiu seu voto e liberou o caso para retomada do julgamento.
Cabe à ministra Carmen Lúcia marcar o julgamento final. Ela também é relatora da ação penal contra Cassol.
A PGR sustenta que os recursos de Cassol são “procrastinatórios”, ou seja, não têm argumentos para absolvê-lo e servem apenas para arrastar o processo.