A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã de hoje (5), a Operação Strike II, que investiga golpes aplicados em servidores aposentados.
Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e nove de prisão e sequestros de bens no DF, em Goiás, Minas Gerais e Paraná.
Oito suspeitos foram detidos. Entre eles, segundo a polícia, um servidor do Banco do Brasil e um funcionário da Secretaria de Saúde do DF. . A identidades dos detidos não foram divulgadas.
Segundo a delegada Sandra Gomes, Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam I), a organização criminosa criava associações de fachada e entrava em contato com funcionários públicos aposentados, a maioria idosos, e oferecia serviços de seguro de vida.
“No meio da papelada para a contratação desses planos de seguros, as vítimas acabavam assinando autorização de desconto em folha”, afirma a delegada.
“Então, esses valores eram descontados automaticamente dos contra-cheques, sem que houvesse nenhuma contratação de seguro de fato”, afirma a delegada.
A investigação apontou que os valores eram transferidos para as associações fraudulentas e apropriados indevidamente pela organização criminosa.
De acordo com a Deam, ainda não se sabe o total de vítimas desse golpe, mas a delegada Sandra Gomes afirma que “com certeza”, só no DF, são mais de 100 vítimas. “Com o material que apreendemos hoje, também é possível que cheguemos a outras pessoas que ainda nem sabem que foram enganadas”.
A operação de hoje é um desdobramento da Operação Strike I, realizada em 2018, que teve como vítimas, em sua maioria, mulheres aposentadas. Na ocasião, foram apreendidos documentos que apontavam, segundo a polícia, a “diversificação da organização criminosa” na prática de estelionatos contra aposentados.
A investigação que culminou com a operação realizada nesta quarta (5) ocorre desde 2018. “Durante esse período tivemos acesso a escutas telefônicas e quebra de sigilo bancário”, explica a delegada. “Essa é a maior operação que a Delegacia Especial de Atendimento a Mulher já realizou no DF”.
Com informações de G1
