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jan 31 2014

Site da exame esclarece a questão salarial da polícia militar

O jornalista Marcos Prates, no site da revista Exame, faz estudo nacional que deixa a Polícia Militar do DF bastante mal nas suas reivindicações.

SALÁRIO NÃO CORRESPONDE A QUALIDADE NA SEGURANÇA

Para pressionar o governo a conceder aumentos salariais, a Polícia Militar do Distrito Federal – que já possui o 2º maior contracheque do Brasil – tem atuado desde outubro de forma mais lenta no atendimento a ocorrências, na chamada “operação tartaruga”, que ganhou força no último mês. No entanto, mesmo que o governo atenda ao pleito de reajuste, de 66%, não há evidências de que isso possa melhorar de alguma forma a vida da população da capital, assolada por uma onda de violência em janeiro.

É que dizem especialistas e o que mostra a comparação da taxa de assassinatos de cada estado com os vencimentos da categoria (veja tabela abaixo).

Um dos mais altos do país, o salário inicial de um soldado da polícia do DF é de R$ 4.122. Mas em vez de figurar nas últimas colocações quando se trata de violência, o Distrito Federal tem a 9ª maior taxa nacional de homicídios.

Já um coronel da mesma Polícia Militar ganha R$ 16.295, valor que é o 3º mais elevado nacionalmente (veja lista ao final). Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2013 e referem-se ao ano de 2012.

Por outro lado, o Rio Grande do Sul – onde o salário para quem começa na carreira não chega a um terço do da capital federal – está entre os 10 menos violentos do Brasil.

Em contraponto, o Paraná, na mesma Região Sul, paga o maior contracheque sem conseguir resultados animadores.
Para o especialista em segurança pública e coronel reformado da PM de São Paulo, José Vicente da Silva, as pesquisas mostram que salários muito baixos podem até atrapalhar, mas aumentar o pagamento não ajuda a melhorar a produtividade da polícia.

“Nesses estados que têm salários maiores, DF e Paraná, os índices de violência são três vezes mais elevados que em SP. O problema é gestão da estrutura policial”, defende.

Sem poder fazer greve, a PM da capital almeja ainda com a operação conseguir uma reestruturação de carreira. Policiais alegam que o governador Agnelo Queiroz não cumpriu com a maior parte das promessas que fez em campanha.

Com isso, os cidadãos reclamam que não conseguem atendimento ou ele, quando vem, demora muito. Em janeiro, 73 pessoas perderam a vida no DF, sendo cinco delas em casos de latrocínio (roubos com morte). O número é 38% maior que no mesmo mês do ano passado.

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