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abr 01 2016

TEMER ERROU FEIO. A JARARACA NÃO ESTÁ MORTA. E VAI CRESCER MUITO A CAMPANHA POR ELEIÇÃO PRESIDENCIAL EM OUTUBRO

È inacreditável que um político experiente como Michel Temer venha errando tanto na estratégia para tomar o poder no Brasil.

Ontem ele tentou se corrigir, afirmando que não está precocemente discutindo a formação de um novo governo – mas agora é tarde.

Durante semanas, temos informações de contatos feitos por Michel Temer para ocupar o Palácio do Planalto, como se o PMDB fosse a única solução para a crise brasileira.

A decisão pública dos peemedebistas, tomada esta semana “em apenas três minutos”, foi vergonhosa em todos os aspectos.

Vimos uma mesa representando o comando do PMDB pessimamente representada, com destaque para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para o senador Romero Jucá e para o ex-ministro Eliseu Padilha.

O segundo time peemedebista ocupou espaço na mídia e deixou o Brasil arrepiado. “Se este for o grupo que vai tomar o poder estaremos perdidos”, pensaram de imediato todos os brasileiros de bom senso, com bom nível de informação.

Por que Michel Temer não presidiu a sessão peemedebista da ruptura com a presidente Dilma Rousseff? Outros nomes expressivos do partido não apareceram, como o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o senador Eunício Oliveira.

Não se viu a candidata do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, nem o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

Em três minutos, o PMDB decidiu sair do governo, mas na verdade não saiu, pois diversos ministros resistem nos seus cargos, tentando ficar no poder enquanto der.

O processo de impeachment direcionado para entregar o Brasil ao PMDB arrepia muitos outros partidos, que não imaginam ser prestigiados com cargos num eventual governo Temer.

Ao mesmo tempo, nos bastidores da política, vem sendo preparada a eleição municipal, vital para os partidos, que não querem ver o PMDB crescer demais. Esta sigla já tem mais de 1.200 prefeitos, e é líder nesta área.

Todas as situações levam os petistas a ocupar espaço crescente usando o slogan “não vai ter golpe”. Como disse o ex-presidente Lula, a jararaca não está morta.

O medo do PMDB tem levado políticos de outros partidos a aceitar algum tipo de negociação com os governistas petistas. Começa a haver incerteza em relação ao impeachment, que há dez dias era dado como certo.

Nos próximos dias, diante de todo esse desgaste provocado pela estratégia errada de Michel Temer, vai crescer muito, de forma acelerada, a campanha por novas eleições presidenciais.

Assim, começamos a acreditar que poderemos votar para presidente em outubro. Seria a melhor solução para o Brasil, por mais que não vejamos, ainda, nomes confiáveis em quem votar.

Se o Tribunal Superior Eleitoral cassar a chapa Dilma-Temer, a eleição será obrigatória.

O PMDB está açodado e cercado de suspeitas, num momento em que o Brasil contava com este partido para mudar todo o quadro político.

Isso é trágico! (RENATO RIELLA)

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