«

»

fev 10 2013

TENTANDO ENTENDER A PETROBRAS

RENATO RIELLA

 

Em meio a tanta discussão sobre a Petrobras, recebi da jornalista Maria do Rosário Caetano e-mail que fala da relativa privatização dessa empresa, na qual mais de 60% das ações estão em mãos de particulares.

O economista Aldo Sauer, comunicando-se com Rosário, explicou a situação, que é bastante complicada.
Segundo ele, no mundo das empresas de sociedade anônima, que vendem ações na Bolsa, como a Petrobras, existem dois tipos de ações. Umas que dão direito a voto, na diretoria. E outras que dão apenas direito à repartição do lucro.

Na sua época, o governo FHC vendeu em Nova York uns 60% das ações do capital total da Petrobras. Mas optou por vender somente as ações que dão direito ao lucro, mas não dão direito ao voto na diretoria. Isso, supostamente, para preservar a orientação do governo junto à empresa.

Aldo Sauer explica que, até hoje, o governo federal tem a maioria de votos na Petrobras, por isso acaba de indicar a presidente da empresa e o equivalente a 51% de votos no Conselho Administrativo.

Os outros 49% do Conselho são membros indicados pelos acionistas privados (entre eles está o empresário Gerdau)
Em função dessa realidade, desde o governo FHC, 60% do lucro da Petrobras vai para acionistas privados, sendo que a maioria mora no exterior.
Daí que a única forma de retomar parte dos resultados financeiros para o povo é seguir com altas taxas de impostos sobre combustível, o que diminui o lucro da empresa e aumenta a receita do governo federal.

Maria do Rosário é uma jornalista altamente especializada em cinema e tem interesse na Petrobras, empresa que hoje é a maior apoiadora de produções cinematográficas do Brasil. Por isso merece a divulgação desse estudo. A Petrobras tende a ser o grande assunto econômico do Brasil em 2013.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode usar estas tags e atributos HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*