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dez 31 2018

ÚLTIMO TEXTO SOBRE ROLLEMBERG

—-RENATO RIELLA

Como diria a Dilma: “Não se bota a pasta de volta no dentifrício”. Mas vou falar do Rollemberg.

Rodrigo era o queridinho da cidade, amigo de todo mundo, de família antiga e bem relacionada em Brasília.

Tinha tudo para dar certo. Teve passagem decente pelos cargos anteriores, estava inteiro. E praticamente não enfrentou concorrente.

No entanto, mal orientado, cometeu um verdadeiro crime: logo depois da eleição, rompeu com todo mundo.

Recusou-se a fazer governo de transição, alegando que não queria papo com o antecessor, Agnelo Queiroz.

Com isso, assumiu sem saber onde estava pisando. Virou governador no escuro e na contramão.

Para completar, fechou as portas aos partidos e aos políticos de maneira geral.

Negou-se a cumprir compromissos com segmentos diversos da cidade, inclusive empresariais, que haviam apoiado de forma decente a sua campanha.

E fez um secretariado horrível, de pessoas sem expressão. Trouxe uma secretária de Segurança de Recife, totalmente incompetente.

Trocou secretário de Saúde diversas vezes, cada um pior do que o outro. E virou inimigo de todas as categorias dessa área, inclusive os médicos, muitos dos quais, de ótimo nível, pediram demissão.

Rodrigo Rollemberg fez a maluquice de, na prática, extinguir as administrações regionais.

Com isso, a fiscalização ficou centralizada na famigerada Agefis, de tristes episódios.

Sem administrador regional, os processos de alvarás e habite-se foram concentrados no Palácio do Buriti – e nada mais aconteceu. Todas as iniciativas de construção foram prejudicadas ou interrompidas, aumentando o desemprego. Aliás, precisava reformar o Teatro Nacional, mas esqueceu de fazer essa obra.

No meio do governo, para sobreviver, Rollemberg adotou as piores práticas políticas, oferecendo cargos a deputados distritais de péssima imagem, em troca de votos na Câmara Legislativa.

Entre outros erros políticos, Rollemberg demitiu, na prática, o apagado vice-governador Renato Santana.

E o governador mostrou-se adversário do antigo amigo, Joe Valle, presidente da Câmara Legislativa.

Rollemberg fez tudo o que podia ser feito para fracassar. E São Pedro deu uma ajudinha, gerando o único racionamento de água da história de Brasília (nunca mais acontecerá).

Na verdade, vale a pena registrar: de forma trágica, seu guru era João de Deus…péssima escolha. Não é à toa que até o Eixão desabou.

O ainda governador diz que saneou as finanças. Realmente os salários estão em dia, mas há muitas dívidas ainda acumuladas.

 

AGORA, IBANEIS

Rollemberg vai embora e deixa Ibaneis Rocha. O futuro governador já corrigiu algumas posturas básicas, a saber:

  1. Fez profundo trabalho no governo de transição. Assume plenamente informado, já com medidas prontas para lançar no dia 2 de janeiro.
  2. Está bastante entrosado com o vice Paco.
  3. Assume com apoio de 17 ou 18 deputados distritais e de quase todos os partidos.
  4. Anunciou previamente uma equipe, muito discutida, mas que só poderá ser avaliada na prática.

 

Fica a memória de Rollemberg para que os mesmos erros não sejam cometidos. (RENATO RIELLA)

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