A Universidade de Brasília aparece na sétima posição entre as 37 federais brasileiras avaliadas pelo Times Higher Education (THE) Emerging Economies 2022, divulgado esta semana pela consultoria britânica que dá nome ao ranking.
A UnB desceu uma posição em relação aos resultados dos últimos quatro anos. Na classificação geral, a Universidade saiu da faixa 201-250 para 301-350.
Houve um aumento no número de universidades avaliadas em relação ao último ranking. As instituições brasileiras passaram de 52 para 59 este ano.
Entre as federais, o aumento foi de 34 para 37. Em termos globais, foram incluídas novas 92 universidades: de 606 para 698, isto é, 15,2% a mais de participantes.
O THE Emerging Economies avalia instituições de países classificados pelo Grupo FTSE da Bolsa de Valores de Londres como “emergentes avançados”, “emergentes secundários” ou “fronteira”.
O Brasil pertence ao primeiro grupo. São cinco eixos: Ensino, Pesquisa, Citações, Reconhecimento Internacional e Renda com a Indústria. A UnB melhorou sua nota em Renda com a Indústria, que indica o impacto comercial da pesquisa de uma instituição, ou seja, um reflexo do valor industrial.
“Dentro do cenário de cortes no orçamento do ensino superior e de desprestígio que tentam associar às universidades no Brasil, mantivemos um equilíbrio”, diz a reitora Márcia Abrahão. “Há também que se considerar que impactam no resultado final, neste ano, o maior número de universidades avaliadas e as pequenas variações em alguns dados, como citações e número de pesquisadores e estudantes estrangeiros”.
Os rankings do THE usam os mesmos indicadores de desempenho do World University Rankings para julgar as instituições, mas com diferentes pesos para refletir aspectos importantes para as universidades nas economias emergentes. Por exemplo, a renda com indústria nesse ranking é computada como 10%, em vez dos 2,5 % no THE World. Na última avaliação do THE América Latina, a UnB ocupa a 16ª posição na região.
“Sem dúvida, é sempre bom melhorar posições nos rankings internacionais. Mas é preciso lembrar o olhar limitado de rankings internacionais para a realidade brasileira. Eles avaliam parâmetros que não são necessariamente os mais relevantes para o desenvolvimento do país, sendo parcela expressiva dos resultados associada a pesquisas de opinião”, pondera a decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi. “No caso de universidades públicas brasileiras, uma parcela substancial de nossas atividades e que é um dos nossos pilares, a extensão, não é sequer contabilizada.”
Fonte: Ascom/UnB/Reitoria