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dez 29 2016

VAI SOLTAR O VAGABUNDO PRA QUE?

JOSÉ GURGEL

Eu não quero vingança, eu apenas não quero que nenhuma outra mãe seja alvejada como a minha família foi”.

Assim reagiu Cristina Del’Isola, mãe da jovem Maria Cláudia Del’Isola, ao avaliar a possibilidade de concessão de um benefício àquele que assassinou a filha dela, em 2004.

No último dia 12, o ex-caseiro da família da vítima Bernardino do Espírito Santo Filho obteve a progressão de pena em regime fechado para semiaberto.

Ele ainda não saiu às ruas porque aguarda exames psicológicos que possam atestar a condição de reintegração.

“O perfil dele é de psicopata. A minha necessidade é sensibilizar as autoridades à frente dessa decisão para que outras Marias não se tornem vítimas nas mãos dele”, argumenta Cristina.

Ao tomar conhecimento da decisão na segunda-feira, Cristina, presidente do Movimento Maria Cláudia, preferiu silenciar. Mas a situação fez com que a mãe relembrasse toda a tristeza provocada por um dos crimes mais bárbaros da história de Brasília.

Em 9 de dezembro, completaram-se 12 anos do homicídio.

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