JOSÉ GURGEL
Eu não quero vingança, eu apenas não quero que nenhuma outra mãe seja alvejada como a minha família foi”.
Assim reagiu Cristina Del’Isola, mãe da jovem Maria Cláudia Del’Isola, ao avaliar a possibilidade de concessão de um benefício àquele que assassinou a filha dela, em 2004.
No último dia 12, o ex-caseiro da família da vítima Bernardino do Espírito Santo Filho obteve a progressão de pena em regime fechado para semiaberto.
Ele ainda não saiu às ruas porque aguarda exames psicológicos que possam atestar a condição de reintegração.
“O perfil dele é de psicopata. A minha necessidade é sensibilizar as autoridades à frente dessa decisão para que outras Marias não se tornem vítimas nas mãos dele”, argumenta Cristina.
Ao tomar conhecimento da decisão na segunda-feira, Cristina, presidente do Movimento Maria Cláudia, preferiu silenciar. Mas a situação fez com que a mãe relembrasse toda a tristeza provocada por um dos crimes mais bárbaros da história de Brasília.
Em 9 de dezembro, completaram-se 12 anos do homicídio.