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dez 31 2013

vem aí o escândalo dos cones

RENATO RIELLA

Nenhum país do mundo, nem mesmo os Estados Unidos (nem mesmo a China), tem uma população de cones maior do que Brasília. Peço o depoimento de quem viaja muito, como o casal Cleide e Mancasz, Márcia Lima, João Leal, Irineu Tamanine, etc.

Nossa cidade amanheceu hoje, dia 31, totalmente invadida por esses seres meio avermelhados que surgem do nada.

Quando apurarem direito a compra de cones no DF, explodirá um escândalo maior do que os computadores do famigerado Arruda, maior do que o “Cartel do Metrô”, maior até do que as capas de chuva da PM.

Já lancei aqui a campanha “leve o seu cone para casa”. Mesmo assim, essa população estática só faz crescer. Ainda vou descobrir quem é o dono da fábrica que vende os monstrinhos.

A propósito, hoje surgiu o “irmão” do cone, em diversos pontos da cidade, bem maior, meio assustador, com formato de enorme parafuso de cabeça para baixo. Esse tipo antipático deve ser bem mais caro.

AGORA, UM POUCO DE RISO
Para quebrar o clima de protesto, conto uma historinha real.

Há algumas semanas, tentei estacionar meu carro de ré numa área pública. De repente, do meu lado direito surgiu um flanelinha com as duas mãos na cabeça, que berrou: “Epa! Matou o cidadão”.

O pior é que ouvi mesmo um crash, parecendo a perna do Anderson Silva estalando para o mundo. Saltei apavorado do carro e vi, penalizado, o massacre de um cone. O pobre coitado estava dobrado, mais inerte do que nunca, plenamente atropelado.

Em vez de brigar com o flanelinha pelo susto, dei muita risada. Fui embora dizendo a ele: “Você não viu nada, viu!”

Diante disso, mudo a campanha e pergunto: você já matou o seu cone hoje?

1 comentário

  1. ROGERIO Alves

    bom dia, muito interessante o seu comentário, antes mesmo da reportagem da Veja sobre estes cones do Df, o negócio é o seguinte, uma empresa chamada world center import, direciona os descritivos dos cones e tonéis de sinalização para um tipo de faixa refletiva com 1200 candelas (medida de refletividade das faixas brancas), direcionar que eu digo, é entrar em contato com a área que faz a solicitação deste material, e convencer o órgão a colocar uma descrição muito técnica, de maneira que somente um produto com esta faixa refletiva atenda ao futuro edital, normalmente vem de cima, de altas patentes as descrições já prontas dos itens a serem comprados, o setor de compra apenas faz o que lhes mandam, o problema é, este tipo de refletivo possui somente um fabricante no mundo(reflexite), que por sua vez direciona sua venda no brasil através de um único distribuidor, que advinhem só quem é? isso mesmo…sem falar que a maior fabricante de películas do mundo (3m) tem no seu melhor produto 800 candelas de refletividade, essa situação é criada justamente para tirar da licitação fornecedores com produtos diferentes da marca que foi direcionada, isso é uma maneira muito utilizada hoje em dia nas licitações para desviar o foco da competitividade, fato que gera prejuízo muito grande p/ adm. pública, e muito dinheiro no bolso de quem participa deste esquema, outro detalhe importante, faixas refletivas de 800 candelas e 1200 candelas não constam na norma abnt 15071, criada especificamente para este cone extra flexível, esta medida de refletividade não pode ser notada a olho nu, somente por aparelhos caríssimo, que curiosamente aparecem nas licitações para desclassificar concorrentes com refletivos de menor intensidade, esta é a farra dos cones, saiu reportagem na veja mês passado, pesquisem “furtuna em cones” e vejam os valores desviados…. grande abraço, e acorda brasil!

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