As vendas de veículos caíram 8,44% em agosto na comparação com julho, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Parece uma notícia ruim, mas na verdade é positiva, na medida em que, desde 2008, tivemos vendas artificiais de carros, que solaparam a capacidade de absorção de tráfego nas grandes cidades.
Além disso, milhares de famílias das classes C e D se endividaram, comprando veículos subsidiados, em até 72 prestações, muitos deles abandonados ou devolvidos às revendedoras de carros.
O presidente Lula, em 2008, gerou isenção de IPI para a venda de veículos, alegando que essa seria a estratégia para manter a indústria ativa na grande crise econômica produzida pelos bancos dos Estados Unidos.
De forma demagógica, os governos petistas mantiveram essa política durante oito anos, criando problemas sociais, urbanos e econômicas em todo o Brasil.
Agora, há uma adaptação neurótica do mercado, com a queda na venda dos automóveis, a lotação dos pátios de produção nas grandes fábricas e o desemprego no setor automobilístico.
O que pode salvar o Brasil, nessa área, será a retomada gradativa das exportações, graças à desvalorização do real, que torna nossos produtos mais competitivos, em termos de preços, lá fora.
O certo é que, no mês passado, foram comercializados no mercado nacional, 319.245 veículos, enquanto em julho o número ficou em 348.673.
Na comparação com agosto do ano passado, quando foram vendidos 398.045 veículos, houve queda de 19,80%.
De acordo com balanço da Fenabrave, no acumulado do ano, foram vendidas 2.697.175 unidades no país, um recuo de 18,01% em relação a igual período de 2014 (3.289.671).