RENATO RIELLA
Ao longo da campanha eleitoral, escrevi com firmeza mostrando que a proposta do governador hoje eleito, Rodrigo Rollemberg (PSB), de fazer eleição direta para escolher os administradores regionais era inviável.
Mesmo assim, declarei meu voto em Rollemberg, para evitar que Brasília passasse pelo mico de eleger Flávia Arruda vice-governadora (pior do que Tiririca!)
Passada a guerra eleitoral, Rodrigo Rollemberg demonstra claramente a dificuldade de cumprir a promessa. Não há como escolher 31 administradores regionais por eleição direta.
Tirando os impedimentos institucionais diversos, há riscos políticos. O governador a ser empossado no dia 1º de janeiro, se fizer eleição em São Sebastião, vai ver eleito o ex-deputado distrital Rogério Ulysses, expulso do PSB por suspeita de corrupção e seu inimigo. É mole!
Como Rollemberg fará ao ver que, na eleição de administrador na Ceilândia, o escolhido poderá ser o famigerado empresário e ex-deputado federal Tatico? Ninguém merece. Socorro!
No Guará, Rollemberg estará empossando (se houver eleição) o ex-distrital Alírio Neto, que não conseguiu se eleger deputado federal e apoiou abertamente a campanha de Jofran Frejat (PR). Portanto, será um administrador de oposição ao Buriti.
Em regiões como Brasília, Águas Claras e Sudoeste, onde as grandes construtoras têm grandes interesses, o ex-governador Paulo Octávio vai comandar um lobby para eleger administradores “de confiança”. Já viram o que pode dar!
Poderia falar de muitos impedimentos para a realização de eleições nas administrações regionais, mas apresento essas. O governador Rollemberg já dormirá preocupado.
