RENATO RIELLA
Renato Azevedo morreu. Para muita gente, esta afirmação não representa nada. Para Brasília, representa muito.
Ele foi coronel da Polícia Militar do DF e, em 1997, comandando o Batalhão de Trânsito, criou condições para que Brasília se tornasse a única cidade brasileira que respeita de verdade a faixa de trânsito.
É claro que muitas outras pessoas se envolveram nessa campanha, que começou com o slogan Paz no Trânsito, criado pelo Correio Braziliense, junto com uma marca representada por uma mão espalmada.
Coube ao coronel Azevedo receber a missão dada pelo então governador Cristovam Buarque de espalhar policiais militares pela cidade, multando motoristas que não parassem nas faixas de pedestres. Houve uma vontade política de viabilizar as faixas, mas isso só se concretizou pela força da ação policial.
LEMBRANÇA DO CORONEL BROCHADO
Conheci Azevedo na década de 80, quando foi ajudante de ordem do então secretário de Segurança Pública, o coronel do Exército João Brochado, grande personalidade que comandou as ações policiais no DF por quase dez anos. Azevedo aprendeu muito ao andar diariamente com Brochado e, de volta à PM, pôde colocar em prática todos os ensinamentos.
Morreu vitimado por um câncer de pulmão, que tirou precocemente da vida brasiliense uma personalidade que merece ficar na história da cidade. Agora, quando a faixa de pedestre começa a ficar abalada na sua prática, devemos reavivar o compromisso, em honra do coronel Azevedo, um grande brasileiro que foi para outra dimensão.
